ARrC celebra diversidade e crescimento musical em novo comeback

O grupo de K-Pop ARrC reuniu a imprensa em uma coletiva virtual global para falar sobre seu mais recente comeback, o mini álbum HOPE, lançado em 16 de julho. Confira abaixo o bate-papo na íntegra.
O clipe da música ‘awesome’ é tão interessante quanto a sonoridade da música. O que os monstros representam no vídeo?
DOHA: Os monstros são dokkaebis, do folclore sul-coreano. Eles são conhecidos como seres que aparecem em momentos de azar ou crises para dar avisos ou direcionar as pessoas para mudanças. Esse simbolismo é o motivo de termos escolhido esse tema para o álbum. Nós queríamos expressar visualmente as dificuldades e confusão enfrentadas na realidade instável e repetitiva da juventude, criando uma narrativa e mensagem única, que fosse nossa. Combinar uma história tradicional coreana com música moderna para construir esse conceito foi um processo genuinamente imporante e criativo para nós.
CHOI HAN, quanto tempo você demorou para aperfeiçoar aquele passo do pulo na coreografia de ‘awesome’?
CHOI HAN: Na verdade não demorou tanto tempo. A coreografia original tinha um passo diferente, mas depois de conversar com nosso coreógrafo e dizer que eu queria algo com mais impacto, me ensinaram esse passo. Eu consegui fazer de primeira, então continuei aperfeiçoando e isso ajudou muito a aumentar a qualidade geral da performance.
Assim como a mensagem encorajadora de ‘awesome’, quais são algumas afirmações positivas que vocês gostariam de dividir com seus fãs?
HYUNMIN: O movimento positivo que queremos compartilhar é a energia criada quando estamos com eles. assim com a mensagem da música, mesmo quando não temos sorte ou passamos por momentos ruins, queremos superar isso muito bem. Sentimos que esse tipo de pensamento é a melhor mensagem que podemos compartilhar com nossos fãs.
Enquanto um grupo multinacional, quais aspectos de suas culturas vocês querem compartilhar com o mundo por meio do seu trabalho?
DOHA: Sempre tentamos incluir uma mensagem em nossa música e estamos constantemente pensando em como passar algo positivo de uma forma que possa atingir pessoas de todo o mundo. Como o conceito desse álbum é fortemente ligado à nossa juventude e histórias pessoais, esperamos que outros jovens por aí que estejam passando por situações parecidas se conectem com a mensagem
Vocês estão prestes a celebrar seu primeiro aniversário. Qual a lição mais importante que aprenderam desde o debut?
JIBEEN: Acho que aprendi o valor da paciência e consistência. Eu percebi quanto tempo e preparação são necessários para que a gente suba no palco, e como as coisas que construímos juntos - mesmo o que não é visto - eventualmente brilham quando nos apresentamos. Acredito que foi isso que nos deixou mais fortes.
Quais são alguns gêneros e estilos músicais diferentes que vocês gostariam de experimentar no futuro?
DOHA: Eu gostaria de tentar o rock. Acho que se misturarmos o rock com nossa base no hip-hop, isso poderia se transformar em algo completamente novo com as nossas cores únicas.
O nome ARrC, ‘Sempre se lembre da conexão real’ (Always Remember the real Connection) simboliza uma conexão profunda com o seu público. Como vocês sentem essa conexão coms eus fãs internacionais, principalmente em países como o Brasil, onde um dos integrantes tem raízes?
JIBEEN: para mim, o nome ARrC não é apenas o nome do grupo, mas tem muito significação na conexão e sinceridade. Enquanto alguém do Brasil, é muito especial me reconectar com fãs da minha cidade-natal por meio do K-Pop. Poder expressar meus sentimentos por meio do canto e da dança no palco é incrível e profundamente gratificante. Eu quero mostrar que somos um time que pode realmente se conectar além de nacionalidades e línguas: coração com coração.
ARrC tem integrantes de diferentes culturas e nacionalidades. Como essa diversidade influencia seu processo criativo e a identidade musical do grupo?
ANDY: Nosso grupo tem pessoas dos Estados Unidos, Vietnam, Brasil, Japão e Coreia do Sul. Eu sinto que isso nos ajuda muito a conseguir nos conectar com fãs de todo o mundo, porque temos nossas próprias culturas, ascendências e línguas que usamos. Nós também tentamos incorporar isso às nossas músicas, para que sejamos mais únicos e fãs de todo o mundo entendam nossa música e a mensagem que queremos passar.
Esse é o primeiro álbum em que vocês têm créditos de composição. Vocês podem explicar seu processo criativo? Se onde as inspirações vieram e como vocês usam música para expressar os sentimentos de ansiedades e sonhos da juventude?
HYUNMIN: Ao trabalhar em ‘dawns’ nós tentamos muito capturar o sentimento lúdico e sonhador das primeiras horas da manhã. Focamos em expressar as cores e atmosfera do amanhecer, não apenas visualmente, mas também emocionalmente. Eu queria ser o mais honesto e profundo o possível sobre as emoções que sentimos nessa hora do dia. Então li muitos livros e tomei muito cuidade com a escolha das palavras, garantindo que iria expressar tudo do jeito único do ARrC
CHOI HAN:Acho que escrevemos a letra de uma forma honesta e calma, expressando emoções com as quais pessoas da nossa idade podem se idetificar. Como foi minha primeira vez participando de escrever uma letra, eu estava animado além de ter um senso de responsabilidade que me motivou de uma forma boa. Enquanto escrevia, eu imaginei alguém da nossa idade que tem dificuldades para realmente expressar seus sentimentos e eu tentei escrever a letra como se estivesse falando das emoções que ela estava guardando.
Vocês disseram que o álbum reflete ‘o que o ARrC está pensando e sentindo esses dias’. Quais temas e emoções específicas influenciaram a direção desse álbum, e por que ‘esperança’ pareceu ser a mensagem correta para esse momento?
RIOTO: Escolhemos o conceito desse álbum porque sentimos que a melhor forma que poderíamos expressar as emoções e situações que estamos vivendo nessa idade seria pela música. A maioria dos membros ainda são menores de idade, então tentamos realmente capturar o que podemos expressar apenas nesse ponto das nossas vidas.
Tem alguma faixa nesse álbum que vocês sentem ser uma mudança de chave de vocês como artistas?
HYUNMIN: Bom, para mim, acho que a segunda faixa, ‘dawns’ foi uma mudança para mim porque foi a primeira vez que participei na composição de uma letra, então tenho muito carinho pela música. Quando escrevi a letra dela, tentei expressão emoções e sentimentos dessa hora do dia, tipo como eu tinha medo do escuro, mas agora não mais por causa de ‘você’. É uma música muito doce, então ao escrever a letra, senti que melhorei como artista.
Qual foi um desafio que vocês enfrentaram na preparação desse comeback que os forçou a crescer?
CHOI HAN: Acho que o que mais nos ajudou a crescer dessa vez foi como expressamos emoções. Como a música é delicada e com uma narrativa profunda, precisamos abordar a entrega emocional de uma forma mais sensível. Então passamos tempodiscutindo entre os membros como poderíamos abordar certas partes e acertamos a vibe e o clima juntos durante essas conversas.
Seu novo mini-álbum tem uma variedade de gêneros como R&B, drum & bass, funk e hip-hop old school. Como vocês escolheram quais gêneros estariam em cada música?
HYUNMIN: Esse álbum foi um desafio para nós. A primeira coisa que tivemos que descobrir foi qual história gostaríamos de contar. Uma mensagem e um sentimento de cada música tinham que ser combinados com um som para ver se ficariam perfeitos. Nós tivemos que tentar diferentes gêneros para as músicas. Por exemplo, algumas músicas podem ser quentinhas, com a vibe de um abraço gostoso, então escolhíamos uma música tranquila de R&B para combinar. Para outras, foi o drum & bass para transmitir a energia do nosso grupo. Acho que uma forma de mostrar como estamos nos sentindo de verdade é escolhendo o gênero perfeito para o som e letra de uma música, que é a melhor forma de passar nossa mensagem para o público.
Tem algum artista específico que tenha influenciado o seu som?
DOHA: Se nós tivéssemos que escolher um artista, seria o LUCY. Mesmo que a nossa base musical seja diferente, a música deles tem sido uma grande referência de como transmitir emoções pelo som. O jeito que eles constroem estruturas musicais e desenvolvem narrativas nas músicas chamou a nossa atenção. Isso influencia a forma como abordamos nossas estruturas, som e até nossa atitude e identidade quando fazemos música.
Muitos fãs internacionais, especialmente na América Latina, estão animados com esse comeback. Vocês têm um recado para eles ou planos para se conectar mais de perto com seus fãs globais?
RIOTO: Nós podemos ver o apoio dos fãs internacionais por plataformas como o Weverse e outras formas de comunicação. Se tivermos a chance de conhecê-los e nos conectar pessoalmente, adoraria fazer isso acontecer.
Tem algum momento ou lembrança específicos do processo de gravação desse álbum que tenha feito vocês se sentirem orgulhosos ou emocionados como grupo?
DOHA: Um dos momentos mais memoráveis das gravações foi quando finalmente ouvíamos as faixas finalizadas depois de cada membro gravar a sua parte. Trocávamos feedbacks dizendo coisas como “Você foi muito bem aqui” ou “Essa parte mostra todo o seu esforço”. Senti que estávamos crescendo como grupo, o que foi emocionante e reconfortante de perceber o quão mais fortes e mais conectados nos tornamos através da música.
HOPE está cheio de músicas com mensagens com significados. Qual é a mais pessoal para vocês?
ANDY: Para mim, acho que é a title, ‘awesome’, porque durante esse momento é importante pensar de forma positiva. Mesmo que você perca o ônibus ou se perder um fone de ouvido, você tem que pensar de forma positiva. Estamos realmente tentando mostrar nosso lado positivo para os fãs, então ‘awesome’ é a que mais fala comigo.
JIBEEN já mostrou interesse em reaprender português e recentemente postou um cover de uma música brasileira. Você se mudou do Brasil quando era criança, então gostaria de saber o que te motivou a se reconectar com a cultura brasileira?
JIBEEN: Quando eu me mudei do Brasil para a Coreia quando criança, eu estava mais focado em me adaptar a um novo ambiente do que entender a cultura brasileira. Mas depois de fazer meu debut e receber tanto apoio dos fãs brasileiros, meu desejo de me conectar mais profundamente com eles cresceu muito. É por isso que recentemente comecei a fazer covers de músicas brasileiras e a aprender português, para que eu possa entender a cultura cada vez mais. Isso virou uma nova fonte de inspiração para mim e eu acho que me ajudou a mostrar um lado mais autêntico meu no palco. Daqui pra frente espero continuar incorporando essa cultura no meu trabalho e me conectar ainda mais com meus fãs no Brasil.
Qual o mal-entendido mais engraçado que já aconteceu por conta das barreiras de linguagem?
KIEN: Tem muitos momentos engraçados quando palavras soam diferente do esperado ou tem um significado inesperado. Esses tipos de mal-entendidos deixam as coisas mais divertidas e ajudam a manter um clima descontraído entre o grupo.
O dokkaebi do seu clipe significa transformar o azar em sorte. O que foi algo que vocês acharam que fosse ruim, mas agora vocês são gratos por?
DOHA: Eu tive alguns incidentes que foram bem assim. Uma vez, eu estava usando o celular na minha cama e o derrubei. Quando olhei embaixo da cama para procurar o celular, por sorte encontrei óculos que eu tinha comprado recentemente e estava procurando há alguns meses. Eu tive azar em derrubar o celular, mas sorte o suficiente para achar o celular e os óculos!
Falando sobre o nome do mini álbum, o que ‘esperança’ significa pra vocês? Como o processo de produção desse álbum mudou a sua perspectiva sobre esperança?
ANDY: Eu espero que pela nossa música e a esperança no álbum, a gente possa dar aos nossos fãs mais energia para viver cada dia, ou um pouco de conforto, já que todas as músicas do álbum têm diferentes estilos. Dependendo de como você está se sentindo ou que tipo de sentimentos quer sentir, esperamos que você possa encontrar o nosso álbum e escutá-lo e se sinta melhor.
HYUNMIN: Na verdade, esse álbum não apenas tem esperança, mas todas as nossas músicas falam também sobre autoestima e que você é uma pessoa muito importante que pode fazer qualquer coisa e arrasar. Então o ponto principal é que se você trabalhar duro em conjunto, pode fazer qualquer coisa. Acho que a forma como eu via a esperança era muito positiva, mas às vezes pode envolver formas negativas. Apesar disso, talvez a gente possa mudar essas vibes negativas em positivas. É por isso que escolhemos ‘awesome’ como title, para fazer um dia ruim se transformar em um bom ao resolver isso juntos. Como eu disse antes, todas as músicas do ARrC são sobre autoestima, então se você está preso nos seus pensamentos, ouça as nossas músicas e podemos encontrar uma saída!
(Participação na coletiva de imprensa como representante do site Offstage)
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